RAR5 é o novo formato do WinRAR 5 [32 bits | 64 bits], um concorrente de peso do 7-Zip. Comparamos os dois e colocamos abaixo tudo aquilo que você precisa saber sobre o RAR5:
Quais são as vantagens do RAR5 comparado com o RAR 4?
Existem milhões de arquivos RAR no mundo – e a maioria foi comprimida com o algoritmo RAR4, que funciona em todos os descompactadores e em quase todas as versões do WinRAR. A versão 5 do WinRAR traz o RAR5, de padrão superior.
Para começar, o RAR5 aumenta o tamanho do dicionário de catalogação em até 1 GB (na versão de 64 bits). O tamanho padrão do dicionário de catalogação do RAR é de 32 MB. Isso significa que, quanto maior o dicionário (que armazena as partes repetidas dos arquivos), melhor a compressão para arquivos pesados. Você precisará de um dicionário grande somente quando tiver que compactar arquivos pesados – que não serão enviados nem compartilhados – ou seja, arquivos de backup ou cópias de segurança.
Outra mudança importante é o novo registro de recuperação. No caso de uma compressão que seja igual ou superior a 5% do tamanho do arquivo, o RAR5 é um formato mais resistente a danos que o RAR4.
Por último, o RAR5 permite cifrar os dados com o algoritmo AES de 256 bits. Não é o melhor cifrado do mercado, mas é bastante eficiente. O governo dos EUA usa o AES para proteger seus conteúdos ultrassecretos.
Comparativo: RAR5 vs. 7-Zip vs. RAR4
Em vários testes, o RAR5 superou 7Z na velocidade e compressão. Em um teste publicado no HyperSpin, por exemplo, o WinRAR 5 descomprimiu uma imagem de 5 GB em dois minutos, enquanto o 7-Zip [32 bits | 64 bits] completou a tarefa em seis.
Fizemos um teste rápido comparando RAR5, RAR4 y 7-Zip: utilizamos um computador de mesa Dell Precision 490 com CPU Intel Xeon 5130 (dois processadores de quatro núcleos), 16 GB de RAM e sistema Windows 8 Pro de 64 bits. A pasta continha 104 arquivos variados (entre documentos, vídeos, imagens e música) divididos em dez pastas, ocupando um espaço total de 528.031.744 bytes no sistema de arquivos do Windows, o NTFS. O disco de entrada e destino dos arquivos foram o mesmo: um HD externo ATA.
Usamos três opções pré-determinadas: a mais rápida, a de maior qualidade e a normal. O único que variamos foi o tamanho dos dicionários, para que coincidisse com o utilizado no RAR5 (exceto RAR4, com um limite de 4 MB).
A velocidade do algoritmo RAR impressiona tanto no RAR4 quanto no RAR5. O tempo de compressão aumentou no nível “Normal” do RAR5, porque utiliza dicionários de 32 MB.
Os resultados do 7-Zip foram péssimos. No caso do algoritmo padrão do 7Z, o LZMA, não se utiliza quase a CPU. Já o LZMA2 não tem esta limitação, mas nem quando usamos oito núcleos conseguimos superar o RAR4.
Os resultados da compressão devem ser interpretados com cautela, já que não podemos desconsiderar as características da mostra utilizada.
Posso usar o RAR5 agora?
Claro que sim. Você só tem que selecionar a opção RAR5 quando comprimir um novo arquivo utilizando o WinRAR 5.0. O tamanho padrão do dicionário é de 32 MB.
Como descompactar um RAR5?
Por enquanto, os arquivos compactados com o algoritmo RAR5 somente podem ser abertos com o WinRAR 5.0, porque o algoritmo ainda é muito recente. Provamos com vários descompactadores, como o 7-Zip e o IZArc, mas não conseguimos abrir arquivos tipo RAR5.
Apesar do RAR não ter código aberto, o WinRAR distribui gratuitamente o código fonte da ferramenta UnRAR, que serve unicamente para a linha de comandos. Nesta página também estão disponíveis as especificações do formato RAR5.
O reconhecimento e abertura de arquivos RAR5 depende, basicamente, de que os descompactadores existentes no mercado atualizem suas ferramentas. No caso do 7-Zip, o programador da ferramenta, Igor Pavlov, afirmou que adicionar um suporte para RAR5 “não é uma prioridade”.
Qual versão de RAR é melhor usar?
Recomendamos a RAR4, por questão de compatibilidade e também porque é o formato padrão do WinRAR. Para compartilhar arquivos RAR5 é melhor esperar que o formato se popularize.
E você, qual formato de compressão vai usar?
Artigo original em espanhol, escrito por Fabrizio Ferri-Benedetti.